segunda-feira, novembro 28, 2005

Superando Uma Vida de Medo

Temos medo daquilo que nos prejudica. Seja o que for ou em qualquer área. Temos medo de não fazer o seguro do carro porque podemos ser roubados, medo de não fechar a janela para que ninguém invada, medo de perder o namorado, medo de ficar sozinho, medo do escuro.

Só que o medo só entrava nosso progresso. Em vez de temer o que nos pode atingir. Em vez de ficar em casa por não ter seguro do carro, em vez de deixar de visitar aquele seu amigo ou parente que mora num lugar barra pesada para não ser assaltado, em vez de ter ciúmes doentios para não perder o namorado ou cônjuge. Em vez de gastar suas energias com estas coisas que te “previnem” do pior. Viva o otimismo. Prepare-se para superar tais problemas se eles te alcançarem. Esforça-te e canaliza as energias para a superação de seus problemas.

Se apóie nas suas capacidades e na atuação de Deus sobre elas. Assim como você comprou um carro uma vez, pode fazê-lo de novo. Embora isso pareça penoso, é melhor do que passar a vida angustiado e estressado pensando no pior. O fato é que o pior nos ocorre muito pouco quando estamos preparados para superá-lo. Já notou que sempre que estamos prevenidos nada nos acontece? Que sempre que nos encontramos despreparados somos surpreendidos com terríveis acontecimentos que as vezes, pra piorar, se misturam com outros e se tornam reações em cadeia? Todos nós sentimos isso. Tanto quando esperamos que algo de ruim nos aconteça e isso não ocorre. Como quando não esperamos por nada ruim e isso nos surpreende. Ai nós criamos um mecanismo de defesa que diz: “Prepare-se para que isso nunca mais aconteça”. Isso é um pensamento equivocado. Mas que serve de defesa psicológica para os nossos medos. Assim o usamos como um talismã. Como se deixar de sair de casa fosse um bem ou fosse evitar que um dia num belo lugar, quando menos esperamos, fossemos roubados (para usar o exemplo dado acima).

O fato é que há eventos desagradáveis e acontecimentos que nós não podemos evitar. E que nunca chegam com data marcada. São coisas externas a nossa personalidade que são completamente imprevisíveis. Como o assalto que tanto mencionei até agora. Como saber quando será? Quem será e onde será? Impossível. Mas se eu viver me preocupando com isso de modo que interfira no meu livre arbítrio, então, deixo de viver a minha vida e passo a viver aquilo que as circunstancia me permitem viver. Esse não é o plano de Deus. E Ele quer te libertar desses pensamentos inúteis.

(Mat 6:25) Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?

(Mat 6:26)) Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?

(Mat 6:27) Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?

(Mat 6:28) E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam;

(Mat 6:29) contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.

(Mat 6:30) Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?

(Mat 6:31) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?

(Mat 6:32) (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.

Pare e pense: Quantas vezes você já foi roubado? (exemplo base) Analise a proporção de vezes que isso aconteceu e o tanto de vida que você já viveu. Agora lembre-se o que foi tirado de você. Quantas vezes depois, em sua vida, você obteve o mesmo item de volta, ou um semelhante? Note que proporcionalmente, você tem mais, do que te tomam. No entanto, o medo de ser roubado é grande o bastante para entravar nossa vida e nosso livre arbítrio. E este é um dos maiores medos sociais que temos hoje. Não entenda errado, não falo de um completo desleixo ou desatenção com seus bens. O que digo é, faça o máximo que para evitar problemas, desde que isso não seja sua vida em si. O que pode ocupar seus pensamentos, sugar suas emoções ou fazer de você um ser humano preso a metodismos e transtornos psicológicos.

Vamos retomar um dos pensamentos anteriores: “Já notou que sempre que estamos prevenidos nada nos acontece?” Então o segredo é nos prevenir mesmo?!?! Sim. Mas que tipo de prevenção é essa? 4 passos práticos para uma prevenção eficaz. 1° Confiança em Deus (Fé em Deus). 2° Acreditar que você pode resolver o problema se ele aparecer (Fé nos dons que Deus te deu. Fé em você). 3° Fazer provisões para evitá-lo SE essas não interferirem no seu livre arbítrio e estilo de vida. 4° Não ter medo, ou se lamentar – Essas coisas tiram suas energias para enfrentar o problema.

Melhor do que viver com medo de um problema é viver com a certeza de resolvê-lo. As chances de um problema lhe alcançar são sempre menores que as chances de você resolvê-lo. Assim como há um ditado que diz: “Vem fácil, vai fácil”. Para situações de sorte e de sucesso. Assim também podemos aplicar o mesmo ditado aos problemas. Exceto quando fazemos do problema um grande e impossível desafio. “Se pensas que podes, podes. E se pensas que não podes, acertaste.” - Mary Kay Ash

“Quando Golias investiu contra os israelitas, todos os soldados pensaram: ‘Ele é tão grande que nós nunca vamos conseguir matá-lo’. Davi olhou para o mesmo gigante e pensou: ‘Ele é tão grande que eu não vou poder errar’”. – Russ Johnston

E Deus corrobora essa idéia dizendo que :

(Mat 6:33)

Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Fé em Deus sem medo de ser feliz. Clichê, mas real.

sexta-feira, novembro 11, 2005

O Grande Conflito sob a perspectiva da série Star Wars




A maior saga, em extensão, do cinema é sem sombra de duvidas a mais famosa também. Star Wars ou Guerra nas Estrelas. Foi lançado em 1977 o primeiro filme da série adquirindo grande sucesso por suas proezas cinematográficas muito além dos efeitos especiais daquele período. Os números do ultimo filme da cinesérie, Star Wars: Episódio III, que pode não ter conseguido se tornar o filme a arrecadar US$ 200 milhões mais rapidamente nas bilheterias, porém, o longa se tornou o primeiro a somar US$ 300 milhões em apenas 17 dias. Mesmo caindo para o terceiro lugar no Top 10, com os ingressos vendidos no último final de semana A Vingança dos Sith alcançou a marca de US$ 308,8 milhões, somente nos Estados Unidos. Antes, o recordista era Shrek 2, que chegou a esse número em 18 dias.

De acordo com o site Box Office Mojo, Episódio III possui agora a 19ª maior bilheteria de todos os tempos nos EUA e pode chegar ao 17º lugar hoje, superando O Retorno de Jedi (US$ 309,3 milhões) e Ataque dos Clones (US$ 310,7 milhões).

No mundo inteiro, o filme já arrecadou US$ 571,8 milhões e é a 27ª maior bilheteria da história (http://www.cinemaemcena.com.br/not_cinenews_filme.asp?cod=1803).

Este artigo pretende demonstrar como que, de forma contrafeita, o grande conflito se apresenta na história do filme Star Wars. No entanto, não pretende-se com o mesmo criticar irresponsável e gratuitamente os filmes em questão, o cinema ou os filmes em geral. É preciso compreender que o mundo esta em tão franca decadência que certas coisas por mais bem intencionadas que sejam possuem características e filosofias anti-cristãs dispostas inconscientemente. Com a difusão do pós-modernismo e a normatização de suas idéias em nossa cultura global. Quase tudo que o homem gera, senão tudo, é passível de critica diante de uma visão cristã. Portanto, criticar Star Wars ou qualquer outro filme é fácil e comum. E este não é o intento.

Talvez o cinema seja realmente um mal terrível, talvez os filmes sejam o mal do tempo do fim, talvez Star Wars seja um filme inspirado por Satanás. Mas esses pontos de vista serão irrelevantes neste artigo. Não pretende-se julgar generalizadamente os fatores, mas sim analisar analogicamente os filmes da série Star Wars. Nem pretende-se dizer que George Lucas tem pacto com o Diabo ou qualquer falácia dessas. Embora muitas coisas sejam propositais, como a utilização de nomes bíblicos, outras são imperceptíveis para o próprio autor. Assim como nós somos usados pelo inimigo durante o dia-a-dia(idéia rejeitada pelo pós-modernismo) muito mais ainda os autores de comunicação em massa.

Para compreender a analogia é preciso ter assistido os filmes da série em voga. Principalmente o ultimo, Episódio III – A Vingança dos Sith. Se você não viu, cuidado: Este artigo contem spoilers(narrações de trechos do filme Episódio III).

Vamos começar pelo fim, como George Lucas. No Episódio III – A vingança dos Sith, lançado no cinema dia 19 de Maio de 2005, encontramos várias alusões ao Grande Conflito. Uma delas é evidente e ocorre no auge da conversa mais importante do filme. Onde o imperador, assim como o diabo no Éden, promete o fim da morte para os que para o lado negro da força passarem(Gn 3:4 – “Certamente não morrereis”). Reclama sua própria experiência do lado negro da força como sendo uma prova dos benefícios. Promete mais poder, sabedoria e despreendimento de autoridade. Faz estas afirmações cercando sua vitima de exaltação pessoal e enaltecendo seu orgulho. Assim como o diabo escondido por trás da serpente no Éden. É interessante notar que na verdade ele só quer usar Anakin, o personagem principal, para alcançar seus objetivos de vingança contra aqueles (o imperador faz parte de uma raça chamada Sith, possuem poder como os Jedis, mas são mals) que os “expulsaram” da galáxia. No fim, ou desde o inicio, acaba a enganar e trair Anakin.

Anakin por sua vez representa o homem. Por amor a Padmé (sua esposa), assim como Adão, escolhe o erro para salvá-la. Acaba se perdendo, a ela também. No entanto ao entregar-se para o mal, Anakin, leva toda a galáxia a uma vida de servidão, opressão e todos são levados a ruína, por causa de sua escolha. Ele achava que estava fazendo o bem num primeiro momento.

Obi-Wan parece com um mensageiro ou profeta, ensina, instrui, tenta converter, admoesta, pune e no fim acaba morto pelo próprio homem(Anakin) a quem pretendeu ajudar. Entretanto, confesso que esse personagem é pouco relevante para esta analogia do Grande Conflito.

Luke(filho de Anakin) dispensa comentários. Por enquanto. De tão grande que é sua semelhança com O Messias.

Além da miserável doutrina da imortalidade da alma, prega-se o espiritismo. Nas frases finais de Yoda a Obi-Wan ele diz que vai ensina-lo a se comunicar com seu mestre morto.

Note que o homem(anakin) cavou sua desgraça asssociando-se com o diabo(Imperador), é humilhado, destruído, disfigurado, deformado e desce ao mais fundo do pecado fazendo o inimaginável. Por fim, um de seus descendentes, o cumpridor de uma profecia messianica, é quem o salva. E no fim, no ultimo minuto o homem se arrepende e ganha a vida eterna. Graças a seu filho, “O enviado”.

Uma conhecidencia interessante é o numero da ordem dada ao exército para executar e perseguir os Jedis(que em nossa analogia é o lado bom do Grande Conflito encaixando-se perfeitamente nas características dos Cristãos). Ordem numero 66. Se George Lucas utilizasse o numero 666 ele estariam usando um clichê, sem a mínima originalidade o que lhe renderia criticas. Por isso usou o numero 66 que é uma deliberada referencia ao numero 666. Afinal de contas, de tantos números para serem escolhidos, ele escolheu logo o numero 66. Note que essa ordem é executada e liderada pelo “homem” (anakin) contra os Jedis(Cristãos).

Outro fato interessante é que todos esses fatores e relações aqui expostos são as primeiras impressões às cenas do filme. Não busquou-se re-interpretar o filme ou forçar uma compreensão dessas. Assim que viu-se uma cena em particular, o primeiro pensamento/impressão foi anotado. É claro que há fatores do filme que foram ignorados porque não cabem nessa analogia. E porque são fatos ou personagens que não estão protagonizando a história.

Sou um assíduo acompanhante da saga. Sempre gostei e não vejo vantagens, nem tenho o interesse de denegri-la. No entanto, não tenho como me manter silencioso diante de tantas coincidências que fazem alusão direta ao Grande Conflito. Se George Lucas foi diretamente influenciado na criação dessa obra, que mostra o Grande Conflito do ponto de vista do mal, eu não sei. Não posso afirmar, mas direta ou indiretamente ele carregou sua história de tipos do Grande Conflito. Focando o ponto de vista do mal. Prova disto é nominar o personagem principal com um nome bíblico. Sim, Anakin é um nome bíblico. E não é apenas esse nome bíblico que aparece na história. No ultimo episódio, O Retorno de Jedi, a ultima cena se passa no planeta En-Dor. Nessa cena, aparecem os 3 jedis principais que morreram durante a saga. Anakin, Yoda e Obi-Wan. É uma cena extremamente espírita e ocorre exatamente num planeta chamado En-Dor. A bíblia cita uma cidade com o mesmo nome. Saul vai consultar uma feiticeira espírita na cidade de En-Dor. Este local é referencia bíblica de que não se deve consultar os mortos e é a única vez que a Bíblia narra uma cena espírita. Coincidência? A mais famosa saga do cinema, a maior de todas, a que rendeu mais lucros, com o maior marketing e com o maior numero de produtos relacionados incluindo jogos de videogames que estendem a história da saga. Tudo isso, não foi desperdiçado.

Ellen White Concorda e declara:

"Há obras de ficção que foram escritas com o objetivo de ensinar verdades ou expor algum grande mal. Algumas dessas obras têm feito bem. Têm, por outro lado, operado indizível dano. Encerram declarações e descrições altamente elaboradas, que despertam a imaginação e suscitam uma corrente de pensamentos repleta de perigo, especialmente para os jovens. As cenas descritas são repetidamente vividas em sua imaginação...incapacitam a mente para a utilidade, tornando-a inapta para os exercícios espirituais. Destroem o interesse na Bíblia.As coisas celestiais pouco lugar encontram nos pensamentos. À medida que a mente se demora nas cenas de impureza descritas, desperta-se a paixão, e o fim é o pecado". Ciência do Bom Viver p.p 445.

"Satanás exulta com o fato de ser considerado como uma ficção". Test. Sel. Vol I, p.p 117.



O primeiro fator que comprova a tendência para a perspectiva do diabo na apresentação do Grande Conflito na série Staw Wars é o seu personagem principal. Quem é o personagem principal? Você já se fez essa pergunta? Qual o único personagem que aparece em todos os episódios?

Ninguém menos que Darth Vader, o vilão. O anti-herói é o personagem principal. Embora não parecesse no inicio, quando a primeira saga foi lançada, mas no fim comprovou-se que ninguém na trama interessava mais do que ele. Assim, o personagem cruel e adepto das forças do mal se converte. Todos querem então saber como ele se tornou mal. Note que há um fator de identificação muito forte com esse personagem. Todos nós nos vemos um pouco nele. Somos maus, almejamos uma renovação, mas só queremos justificar nossos maus atos com razões que aplaquem nossa culpa. Assim, torna-se extremamente interessante buscar uma resposta para a vida de Darth Vader.

Assim como quando colocamos Jesus em nossa vida é possível vê-Lo em nós. Assim também é com os filhos do diabo, os “aprendizes”, aqueles que escolhem estar do “lado negro da força”. Passam a se parecer com ele, e confundem sua essência. É por isso que mesmo nesta analogia, tanto o imperador (que representa o próprio inimigo) como Anakin (representa o homem) são tão parecidos com o diabo que suas essências se confundem.

O filme tanto é tendencioso em demonstrar o ponto de vista do mal, que o diabo tenta justificar sua rebelião na cena em que Mace Windu esta para assassinar o imperador. Nesse momento Anakin passa-se por um suposto conflito em que diz ser injusto o assassínio do imperador por não ser a forma justa de procedimento Jedi. No entanto isso é um argumento furado visto que ele já entrou no local pensando em salvar o imperador de seu destino. Tenta justificar seu erro em nome de uma suposta justiça que ele mesmo não foi fiel. O diabo tenta impor piedade sobre seu ponto de vista da história. Mas note que ele mostra que mesmo tentando viver para sempre ele sabe que já esta derrotado. Pois no fim esse é o destino do imperador. E o homem ( Anakin ) se converte para a salvação. Talvez esse momento em que a analogia finaliza como nós sabemos que irá finalizar,seja uma imposição de Deus na influência do inimigo sobre o filme, ou talvez, seja o lado humano, e necessitado de misericórdia, do autor na busca de todo homem pela redenção e eternidade.