Em continuação ao post anterior, ao contrário do que alguns poderiam estar esperando não vou comentar sobre os homens-bomba em diretamente porque esse assunto está mais do que comentado no post anterior pelo cineasta Pierre Rehov. Vou no entanto publicar aqui trechos de uma matéria publicada na revista The Economist entitulada "In God's Name" que foi parcialmente traduzida pelo blog http://mecdias.blogspot.com. Logo abaixo re-público o post do blog em voga, mas quem quiser pode ler direto da revista o artigo em Inglês com todas as estátisticas maiores detalhes. Notar-se-a que a questão dos homens-bombas é apenas a ponta do Iceberg sobre a questão que ainda irá se extender e determinar o futuro do mundo: Religião. Vale apena, seja você religioso ou não, o fato é que conhecer essa realidade vai no mínimo te manter bem informado e alerta, fica claro, que essa questão não deve ser ignorada. Cedo ou tarde, cético ou crentes, ninguém, poderá alienar-se de um dos tópicos mais importantes e determinantes do contexto moderno."A Nigéria é um país que já apresenta essa realidade. A nação é dividida igualmente entre cristãos e muçulmanos, o que é mais importante para a identidade dos habitantes do que a sua nacionalidade. Desde 1990, estima-se que 20 mil pessoas foram mortas em nome de Deus. Tornando assim a Nigéria em um dos principais campos de batalha espiritual na África.
"Obviamente, americanos e ingleses não estariam morrendo no Iraque e no Afeganistão se 19 jovens muçulmanos não tivessem atacados os Estados Unidos em nome de Alá. Anteriormente o Ocidente havia intervido militarmente para proteger muçulmanos da Bósnia e de Kosovo dos sérvios ortodoxos e croatas católicos. A próxima guerra dos Estados Unidos poderá ser contra a República Islâmica do Irã. Não podemos nos esquecer da guerra na Palestina, onde todos clamam ter Deus no seu lado. Em Myanmar, os monjes budistas se rebelaram recentemente e no Sri Lanka eles tem travado uma guerra contra os muçulmanos.
"Países que eram comunistas também têm tido que lidar com a religião. A polícia secreta russa tem na igreja ortodoxa uma opositora. No parlamento polonês, os oradores fazem o sinal da cruz antes de se pronunciarem. Alguns tecnocratas chineses apóiam o confucionismo como filosofia para o país que cresce rapidamente, mas se opõem à seita budista Falung Gong e temem que os cristãos se tornem em maior número do que os do partido comunista.
"No Ocidente a religião também tem se encontrado com a política. Alguns dizem que nos Estados Unidos, a melhor forma de saber quem é republicano e quem é democrata é perguntar com que freqüência a pessoa vai à igreja.
"O mais interessante é que um pensamento comum desde o Iluminismo era que o modernismo acabaria com a religião. Claramente não tem acontecido. A maioria dos números sobre envolvimento religioso tem demonstrado que o secularismo estagnou e a fé aumentou.
A proporção de pessoas ligadas às quatro grandes religiões -- Cristianismo, Islamismo, Budismo e Hinduísmo -- passou de 67% em 1900, para 73% em 2005 e pode chegar a 80% em 2050.
"Em função desse cenário, pessoas religiosas têm tido maior participação em todas as áreas, incluindo negócios e economia. Durante a maior parte do século 20, a religião não fazia parte da política. Pensava-se que Deus havia sido desfeito por Darwin, escanteado por Marx, destruído por Freud e assim por diante.
"Mas por que o poder da religião parece estar aumentando? Primeiramente devido a uma série de ações e reações entre as religiões. Em segundo lugar, a globalização tem ajudado a propagar as religiões."
Tradução: Marcelo Dias
Publicado em: 12/11/2007
Site: http://mecdias.blogspot.com.
