quarta-feira, novembro 14, 2007

A Psicologia Dos Atentados Por Homens-Bomba



ATENÇÃO: Fonte no fim do texto e os Grifos não são de minha autoria.Faço meu comentário no próximo post.



No dia 15 de julho [de 2005], eu estive no programa “Connected”, da rede norte-americana de televisão MSNBC, para discutir os atentados suicidas ocorridos em Londres no dia 7 de julho [do mesmo ano].

Um de meus colegas convidados era Pierre Rehov, um cineasta francês que já havia feito seis documentários sobre a Intifada durante viagens ocultas a terras palestinas. Seu filme mais recente, “Suicide Killers” [“Assassinos Suicidas“, lançado nos Estados Unidos no começo de 2006], é baseado em entrevistas com familiares de assassinos suicidas e com homens-bomba cujos atentados fracassaram, numa tentativa de descobrir os motivos que levam essas pessoas a cometer tal tipo de atentado. Pierre Rehov aceitou meu pedido de uma entrevista do tipo “perguntas & respostas” sobre seu trabalho nesse novo filme. Muito obrigado a Dean Draznin e Arlyn Risking por terem me ajudado a conseguir essa entrevista especial.


O que o inspirou a produzir “Suicide Killers”, seu sétimo filme?

Eu comecei a trabalhar com vítimas de ataques suicidas para fazer um filme sobre PTSD (Perturbação Pós-traumática do Stress) e fiquei fascinado pela personalidade daquelas pessoas que perpetravam esse tipo de crime, considerando as descrições que as vítimas faziam repetidamente deles. Especialmente pelo fato de esses homens-bomba estarem sempre sorrindo um segundo antes de se explodirem.

Por que esse filme é particularmente importante?

As pessoas não compreendem a cultura devastadora que se esconde por detrás desse fenômeno inacreditável. Meu filme não é politicamente correto, pois ele aborda o problema real: Mostra a verdadeira face do Islã. Ele mostra e acusa uma cultura de ódio, na qual pessoas sem qualquer educação sofrem uma lavagem cerebral de tal ordem que sua única solução na vida passa a ser matar a si mesmos e a outros em nome de D-us, cuja palavra, segundo lhes disseram outros homens, tornou-se sua única segurança.

Que tipo de percepção íntima você adquiriu a partir do filme? O que você sabe agora que outros especialistas não sabem?

Eu cheguei à conclusão que estamos vivendo uma neurose ao nível de uma civilização inteira. A maior parte das neuroses têm em comum um acontecimento dramático, geralmente ligado a um comportamento sexual inaceitável. Nesse caso, estamos falando de crianças e jovens que vivem suas vidas em pura frustração, sem qualquer oportunidade de experimentar sexo, amor, ternura ou mesmo compreensão por parte do sexo oposto. A separação entre homens e mulheres no Islã é absoluta. Assim como o desprezo pelas mulheres, que são totalmente dominadas pelos homens. Isso leva a uma situação de extrema ansiedade, na qual um comportamento normal não é possível. Não é coincidência que os homens-bomba sejam, em sua imensa maioria, jovens rapazes dominados subconscientemente por uma libido completamente reprimida que, além de não poderem satisfazer, lhes causa um medo aterrador, como se fosse obra do diabo. Como o Islã descreve o Céu como um lugar onde tudo na Terra será finalmente permitido – e promete 72 virgens a esses garotos frustrados –, matar outras pessoas e matar a si mesmos para alcançar a redenção se torna a única solução.

Como foi a experiência de entrevistar os homens-bomba frustrados em seus ataques, os seus familiares e as vitimas sobreviventes dos atentados?

Foi uma experiência fascinante e aterradora, ao mesmo tempo. Você está lidando com pessoas aparentemente normais, de muito boas maneiras, com sua lógica própria e que, até certo ponto, pode fazer sentido – já que elas estão convencidas de que o que dizem é verdade. É como lidar com a simples loucura, entrevistando pessoas num sanatório: o que eles dizem é, para eles, a mais absoluta verdade. Eu ouvi uma mãe dizendo: “Graças a D-us, meu filho está morto.” Seu filho havia se tornado um shaheed, um mártir, o que para ela era uma fonte de orgulho maior do que se ele tivesse se tornado um engenheiro, um médico ou um ganhador do Prémio Nobel. Esse sistema de valores é completamente invertido, sua interpretação do Islã valoriza a morte muito mais do que a vida. Você está lidando com pessoas cujo único sonho, único objetivo é realizar aquilo que elas acreditam ser seu destino: ser um shaheed ou parente de um shaheed. Eles não vêem as pessoas inocentes que são assassinadas, eles vêem apenas os “impuros” que têm que destruir.

Você disse que os homens-bomba experimentam um momento de poder absoluto, acima de qualquer punição. Seria a morte o poder supremo?

Não a morte como um fim, mas como uma passagem para o “além-vida”. Eles buscam a recompensa que D-us lhes prometeu. Eles trabalham para D-us, a autoridade máxima, acima de toda e qualquer lei dos homens. Assim, eles experimentam esse momento único e ilusório de poder absoluto, em que nada de mau pode atingi-los pois eles se tornaram a espada de D-us.

Existe um perfil típico da personalidade de um homem-bomba? Descreva essa psicopatologia.

A maioria são jovens entre 15 e 25 anos que carregam inúmeros complexos, geralmente complexos de inferioridade. Eles certamente foram doutrinados religiosamente. Geralmente não têm uma personalidade bem desenvolvida. São usualmente idealistas bastante impressionáveis. No mundo ocidental, eles facilmente se tornariam viciados em drogas – mas não criminosos. É interessante, eles não são criminosos porque eles não enxergam o bom e o mau como nós enxergamos. Se eles tivessem crescido na cultura ocidental, eles detestariam a violência. Mas eles batalham constantemente contra a ansiedade da própria morte. A única solução para esta patologia tão profundamente arraigada é querer morrer e ser recompensado numa vida após a morte, no Paraíso.

Os homens-bomba são motivados principalmente por convicção religiosa?

Sim, esta é a única convicção que eles possuem. Eles não agem assim para conquistar um território, ou para encontrar liberdade, ou mesmo dignidade. Eles apenas seguem Alá, o juiz supremo, e aquilo que Ele manda que façam.

Todos os muçulmanos interpretam a jihad e o martírio da mesma maneira?

Todos os muçulmanos religiosos acreditam que, no final, o Islã prevalecerá sobre a Terra. Acreditam que a sua é a única religião verdadeira e não há qualquer espaço, em suas mentes, para interpretações. A principal diferença entre muçulmanos moderados e extremistas é que os moderados não acreditam que irão testemunhar a vitória absoluta do Islã durante o tempos de suas vidas e, assim, eles respeitam as crenças dos outros. Os extremistas acreditam que a realização da profecia do Islã e seu domínio sobre todo o mundo, como descrito no Corão, é para os nossos dias. Cada vitória de Bin Laden convence 20 milhões de muçulmanos moderados a se tornarem extremistas.

Descreva-nos a cultura que forja os homens-bomba.

Opressão, falta de liberdade, lavagem cerebral, miséria organizada, entrega a D-us do comando sobre a vida cotidiana, completa separação entre homens e mulheres, sexo proibido, destituição de qualquer tipo de poder às mulheres e total encargo dos homens de zelar pela honra familiar, o que diz respeito principalmente ao comportamento de suas mulheres.

Quais as forças sócio-econômicas que sustentam a perpetuação dos homens-bomba?

A caridade muçulmana é geralmente um disfarce para a assistência a organizações terroristas. Mas deve-se também observar paises como Paquistão, Arábia Saudita e Irã, que também dão apoio às mesmas organizações utilizando-se de métodos diferentes. O irônico, no caso dos terroristas suicidas palestinos, é que a maior parte do dinheiro chega através do apoio financeiro fornecido pelo mundo ocidental, doado a uma cultura que, no fim das contas, odeia e rechaça o Ocidente (simbolizado principalmente por Israel).

Existe uma rede de incentivo financeiro para as famílias dos homens-bomba? Em caso positivo, quem faz os pagamentos e qual o peso desse incentivo sobre a decisão [de incentivar um filho a se tornar um assassino suicida]?

Havia um incentivo financeiro à época de Saddam Hussein (US$ 25.000 por família) e Yasser Arafat (valores menores), mas isso já é passado. É um erro acreditar que essas famílias sacrificariam seus filhos por dinheiro. Entretanto, os próprios jovens, que são muito presos às suas famílias, costumam encontrar nessa ajuda financeira uma outra razão para se tornarem homens-bomba. É como comprar uma apólice de seguro e, depois, cometer suicídio.

Por que tantos homens-bomba são jovens do sexo masculino?

Como foi dito acima, a sexualidade é fator soberano. Também o ego, pois esse é um caminho certo para se tornar um herói. Os shaheed são os cowboys ou os bombeiros do Islã. Ser um shaheed é um valor positivamente reforçado nessa cultura. E qual criança nunca sonhou ser um cowboy ou um bombeiro?

Qual o papel desempenhado pela ONU nessa equação terrorista?

A ONU está nas mãos dos países árabes, dos paises de terceiro mundo ou do antigo regime comunistas. É uma instituição de mãos atadas. A ONU já condenou Israel mais vezes do que qualquer outro pais do mundo, incluindo os regimes de Fidel Casto, Idi Amin ou Kaddahfi. Agindo desta forma, a ONU deixa sempre o caminho livre, já que não condena abertamente as organizações terroristas. Além disso, através da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina] a ONU está diretamente conectada a organizações terroristas como o Hamas, que representa 65% de todo seu aparelhamento nos assim chamados campos de refugiados palestinos. Como forma de apoiar os países árabes, a ONU vem mantendo os palestinos nesses campos, na esperança do “retorno” a Israel, por mais de 50 anos – fazendo, assim, com que seja impossível assentar essa massa populacional que ainda vive em condições deploráveis. Quatrocentos milhões de dólares são gastos anualmente, subsidiados principalmente por impostos dos EUA, para sustentar 23.000 funcionários da UNRWA, muitos dos quais sabidamente pertencem a organizações terroristas (sobre este assunto, consulte o deputado [norte-americano] Eric Cantor e o meu filme “Hostages of Hatred” [Reféns do Ódio]).

Você disse anteriormente que um homem-bomba é, simultaneamente, uma “bomba estúpida” e uma “bomba inteligente". Pode explicar o que isto significa?

Diferentemente de um artefato eletrônico, um homem-bomba tem, até o último segundo, a capacidade de mudar de idéia. Na verdade, ele é nada mais que uma plataforma política representando interesses alheios a si mesmo – ele apenas não se dá conta disso.

Como nós podemos dar um fim na perversidade desses ataques suicidas e do terrorismo em geral?

Parando de ser politicamente corretos e parando de acreditar que esta cultura é uma vítima da nossa. O islamismo radical hoje é simplesmente uma nova forma de nazismo. Ninguém tentava justificar ou desculpar Hitler na década de 1930. Nós tivemos que destruí-lo para que fosse possível a paz com o povo alemão.

Esses homens têm viajado em grande número para fora de suas regiões nativas? Com base em sua pesquisa, você diria que estamos começando a assistir a uma nova onde de ataques suicidas fora do Oriente Médio?

Cada novo ataque terrorista bem sucedido é considerado uma vitória pelos radicais do Islã. Em todos os lugares para onde o Islã se expande há conflitos regionais. Agora mesmo há milhares de candidatos ao martírio fazendo fila nos campos de treinamento da Bósnia, do Afeganistão, do Paquistão. Dentro da Europa, centenas de mesquitas ilegais preparam o próximo passo da lavagem cerebral em jovens rapazes perdidos, que não conseguem encontrar uma identidade satisfatória no mundo ocidental. Israel está muito melhor preparada para lidar com esta situação do que o resto do mundo jamais estará. Sim, haverá mais ataques suicidas na Europa e nos EUA. Infelizmente, isso é apenas o começo.

Escrito por: Andrew Cochran, proprietário do “The Counterterrorism Blog”. Tradução: Gisella Gonçalves
Publicado no site www.DeOlhonaMidia.org.br em: 19/09/2006



7 comentários:

SOS Miséria disse...

Lamentável esa história de homens bombas, acho que o mundo enlouqueceu, não entendo isto.
Goatei do seu site, abraço, voltarei
Alda

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

ESTE ANDREW COCRHAM, É UM REACIONÁRIO JUDEU [CENSURADO],DESONESTO QUE ENCOBRE A VERDADE. POR QUE ELE NÃO DISSE A ORIGEM DE TUDO ISSO, OU SEJA, OS INTERESSES ESTRATÉGICOS,POLÍTICOS,ECONÔMICOS E RELIGIOSOS QUE DIRECIONAM PARA UMA CRUEL DOMINAÇÃO SIONISTA E IMPERIALISTA IANQUE NO ORIENTE MÉDIO ?
POR QUE É DESONESTO AO PONTO DE ENCOBRIR QUE ESTA REAÇÃO DOS HOMENS-BOMBAS, É A ÚNICA FORMA DE DEFESA E DENÚNCIA PERANTE O MUNDO,QUE A POPULAÇÃO PALESTINA ESTÁ SENDO VÍTIMA DE GENOCÍDIO,ATRAVÉS DE ARMAS SOFISTICADAS E SUPERIORES DO ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL ?

POR QUE NÃO DISSE QUE A PRINCIPAL CAUSA É O ESBULHO POSSESSÓRIO COMETIDO VIOLENTAMENTE E DE MÁ FÉ,TOMANDO O TERRITÓRIO OCUPADO POR PALESTINOS.
ESSE COCRHAN,COMO TODO JUDEU É UM DESONESTO,FARSANTE,QUE SE UTILIZA DA MÍDIA E DO CINEMA,PARA DISTORCER FATOS E TIRAR UMA DE ANALISTA DE [CENSURADO],SEM NENHUM VALOR.

Unknown disse...

Poxa vida... Seria interessante encontrar um ponto de vista antagonico a opinião do cineasta entrevistado aqui. Mas é uma pena que a unica reação foi irresponsável, violenta, preconceituosa e o pior de tudo anônima. Este último comentário pode ter razão no que reinvidica, mas não passa de uma vergonha para sua própria causa. Um desfavor para a mesma.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Senhores,
acho que os males do mundo na atual fase da humanidade,origina-se de interesses secretos e abertos, dos financistas de raizes judias,enquistados na América, mentores da globalização,que forjaram a criação de um Estado hebreu inconsequente,em terra já ocupada por palestinos.

Os agiotas internacionais judeus,que dominam wall Street e as indústrias de armamentos na América,também corrompem governos,financiam candidatos, controlam o senado americano e ditam as regras da política internacional,com o propósito de hegemonia e riqueza,como ficou bem clara na desastrosa invasão do Iraque.

Os atuais problemas do Oriente Médio são planejados,criados,articulados,em reuniões nos suntuosos salões empresariais e governamentais nos EUA,tudo favorecendo o Estado terrorista de israel,que é um ponta de lança dos interesses estratégicos ianque no Oriente médio.

O judaísmo forjou a mente judia para a brutalidade política e exploração econômica,legal e ilegal,mesmo que tenha que sacrificar a subsistência e a vida de outros povos,chamados por ele, de goyims,gentios,estranhos à sua origem e religião. Talvez seja esta a razão,que desde a antiguidade,os judeus são personas non grata,aonde chegam,por serem desestabilizadores das finanças e do sistema político dos países,com maquinações lesivas,conspirações,sublevações, tráfico de tudo que é precioso,etc.

Este,um dos motivos,pelo qual, BUSH filho(TAMBÉM DA [CENSURADO]),por ser filho de um sionista(o pai já foi flagrado beijando o muro das lamentações),encobre suas raízes judias e odeia o povo e os regimes de governo do oriente médio,que se recusem a satisfação de seus interesses econômicos. Vejam a Arábia Saudita,Kwait,Emirados ..., como caíram nas graças do imperialismo americano/judeu,notadamente,porque abriram as portas para a exploração de suas riquezas PETROLÍFERAS aos mandões do Ocidente,em prejuizo do povo pobre daqueles países, cujas reações(são interpretadas como terrorismo,puro e simplesmente),por elementos reacionários e fascistas que,desonestamente, encobrem a verdade quando postam matérias neste blog.

Obsevação : colocou-se como anônimo,porque sou iniciante em computação e tive dificuldades no manejo de processamento dessa siglas " tags, html,senha,etc.;conseguindo de modo mais fácil,na opção anônimo.

Unknown disse...

Bem, obrigado por melhorar o tom e contribuir para o diálogo. Embora me pareça que haja intransigência em ambos os lados do discurso, essa é a unica conclusão óbvia que me arrisco fazer, gostaria de lembrar que este blog não intenta postar elementos "desonestamente facistas e reacionários" a favor de qualquer doutrina. Como foi claramente exposto no inicio do post, minha opinião pessoal não é expressa na entrevista nem nos grifos. A idéia era realmente o diálogo. E a compreensão pela parte ocidental da profundidade da situação no contexto islâmico.